Caminhoneiros tm carga furtada na regio do Porto de Paranagu

Caminhoneiros que transportam soja são alvos de furtos na região do Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná. Os ladrões costumam agir em áreas subidas ou em locais com lombadas, onde os veículos passam mais devagar, e violam o veículo para que a carga se espalhe no chão.

“A gente fica esperando no pátio a liberação. No momento que você sai do pátio, não tem mais uma escolta, uma posição, você não sabe a hora que alguém vai abrir o tombador ou a própria bica”, contou Aldonez Bapis, que foi vítima de uma tentativa de furto em uma das principais avenidas que dão acesso ao porto.

O prejuízo dele foi de quase cinco toneladas. Bapis afirma que, do porto ao local de entrega, ele é o responsável pela carga. “Fica complicado. Agora o prejuízo está aí, e eu não sei o que fazer”.

Os criminosos usam baldes e sacos para levar a soja. “São várias pessoas que se aglomeram para fazer esse recolhimento destas cargas, e a retirada é muito rápida. Vêm veículos leves para fazer o transporte imediato para locais pré-definidos também”, afirmou o major da Polícia Militar (PM) César Kanakawa.

Geralmente, a carga furtada é levada para terrenos clandestinos. Em um deles, a Polícia Militar encontrou 19 toneladas de soja e fertilizantes. O Porto de Paranaguá foi comunicado e conseguiu recuperar 11 toneladas. O restante terá que ser descartado porque estragou devido à umidade e à sujeira.

De acordo com a Polícia Militar, o número de ocorrências relacionadas a furtos de carga tem aumentado. Os ladrões conseguem revender essa soja furtada.

“Mercado paralelo. Eles conseguem reinserir estas cargas para alguma transportadora, que teve algum tipo de perda no transporte, e essas transportadores, infelizmente, conseguem reinserir essa soja ou esse fertilizante de volta à comercialização portuária”, explicou o major.

A Polícia Militar destaca que essas empresas estão indiretamente envolvidas no crime. Há ainda o risco ambiental que esta prática provoca porque aumenta o risco de proliferação de doença.